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Meridianos & Paralelos

Um blog de notícias alinhavadas quase sempre à margem das notícias alinhadas

sexta-feira, dezembro 31, 2004

"Reset"

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Foto de Dennis M. Sabangan.


FELIZ ANO NOVO de 2005




Graves Danos Naturais

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Foto de S.Dolphin.

Os especialistas internacionais acreditam que a fauna e flora marinhas das zonas costeiras afectadas pelos maremotos no sudeste asiático devem demorar séculos a recuperar-se, embora as praias restaurem a sua beleza dentro de poucos anos.
Os recifes de coral, os peixes e toda a vida marinha foram levantados pela imensa onda que provocou a catástrofe nos países do sul da Ásia. "É muito difícil de dizer de uma forma breve, mas o nível dos desgastes provocados nas zonas costeiras é evidente", disse à BBC Ketut Sarjana Putra, director da Conservação Internacional, uma organização de protecção de ambiente baseada na ilha indonésia de Bali. "Vai demorar muito tempo até que os ecossistemas recuperem", acrescentou.
A perda dos corais pode também afectar as populações de peixe que deles dependem para viver.
Para Lyle Vail, responsável da estação de pesquisa da ilha Lizard (oeste da Austrália), os estragos provocados pelos tsunamis nos corais são de uma dimensão "como se tivessem sido provocados por um ciclone".
Quando ocorre um maremoto, as estruturas dos corais chocam umas contra as outras, estragando-se e, "em casos mais dramáticos", deixam de existir animais larvares para os povoar, levando a que o crescimento dos corais seja lento.
Os estragos são "muito, muito graves", estimou Jerkler Tamelander, o coordenador regional do programa marítimo para o sul da Ásia da União Mundial para a Natureza, sedeado em Colombo, Sri Lanka.
O professor de ecologia marinha da Universidade Australiana de Melbourne, Michael Keough, sublinhou que a Tailândia, Índia, Sri Lanka, Indonésia e Maldivas, países fortemente afectados pelos maremotos, têm um sistema de coral muito desenvolvido. "É difícil de dizer qual a amplitude dos danos", referiu.
Se por um lado um tsunami passa mais rapidamente que um ciclone, por outro, pode tornar- se mais pujante. É que, como os especialistas explicam, a sua força pode crescer desmesuradamente quando atinge os fundos marítimos onde se encontram os corais.



Antes e Depois

Aceh1


Aceh2


Estas são fotografias da Digital Globe que mostram a costa Norte de Ache, província litoral da Indonésia. Nos topos estão imagens captadas em 24 de Junho, seis meses antes das vagas tsunami devorarem a terra e que permitem perceber a brutal alteração que o mar infligiu na região após o maremoto do último Domingo. As imagens em contraposição foram captadas a 28 de Dezembro, dois dias depois da tragédia.



«Ameaça Mortífera»

David King, conselheiro científico do governo britânico, disse há poucas semanas atrás - na Conferência sobre Alterações Climáticas , que decorreu na Argentina e reuniu em torno do protocólo de Kyoto 189 países de todo o mundo - que:

«O aquecimento global do planeta é uma ameaça mais mortífera do que o terrorismo».

Houve quem ridicularizasse a afirmação. Os números que chegam da Ásia acabam de expôr a um rídiculo maior aqueles que o ridicularizaram.

A conferir na edição de hoje do The Guardian.




quinta-feira, dezembro 30, 2004

DONATIVOS

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Foto de DbMartin

Em solidariedade para com as vítimas do sismo e maremotos que atingiram domingo o sudeste asiático, são várias as organizações e entidades que se mobilizam na recolha de fundos destinados a apoiar as populações sinistradas.
Deixamos aqui uma listagem das contas para onde podem ser efectuados os donativos, através de depósito ou transferência bancária.


A organização não-governamental Médicos do Mundo Portugal pediu o apoio dos portugueses através do Banco BPI, com o NIB 0010 00009 4449990001 70, ou da Caixa Geral de Depósitos (CGD), com o NIB 0035 05510 0007722130 32.


Para apoiar a missão da Assistência Médica Internacional (AMI) na Ásia, os donativos deverão ser feitos através da conta da CGD 0001 030 003 830, com o NIB: 0035 0001 0003 0003 8306 2.


A UNICEF SOS Crianças da Ásia também tem uma conta aberta na CGD com o número 0127 028 241230 e o NIB 0035 0127 0002 8241 2305

A CARITAS abriu na CGS a conta número 0697 630 917 930, com o NIB 0035 0697 0063 0917 9308 2.


A Cruz Vermelha Portuguesa também pediu a ajuda dos portugueses que poderão fazer os seus donativos através de depósito ou transferência para a conta do Banco BPI com o NIB 0010 0000 137 222 70009 70 ou para a conta número 1-137222000009.

O Montepio Geral, em solidariedade com as vítimas, abriu na sua instituição bancária uma conta com o NIB 0036 0088 99100039366 18.



SMS Solidariedade

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.


A TMN associou-se às iniciativas de solidariedade e ajuda às vítimas do tsunami: cada chamada para o número 12700 (especialmente criado para o efeito) faz reverter um euro a favor de três organizações com missões na região - AMI, Cruz Vermelha e Médicos do Mundo.

No caso de chamadas de voz basta ligar o número, mas quem preferir pode enviar um SMS. Escreva «Ajuda» e envie para o 12700.

Hoje, entre as 14h e as 18h, houve vinte mil pessoas que já fizeram o mesmo.



Esperas

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Foto de Collector.

Ao contrário do que o Governo garantiu ontem, milhares de portugueses continuam sem receber os subsídios a que têm direito por lei e condição.

Hoje, numa escassa meia hora por um bairro da cidade, tropecei em vários casos: uma asmática crónica que negociava com a farmacêutica levar um aerosol fiado até o Estado lhe depositar o fundo de desemprego, um homem que pedia que lhe entregassem uma bilha de gás para cozinhar apesar do dinheiro da pensão de invalidez ainda não ter chegado, uma rapariga que explicava ao banco que as contas da água e da electricidade iam cair na conta a descoberto porque o dinheiro da baixa médica continuava por depositar, um casal de idosos a insultar o carteiro por não ter trazido o envelope da Segurança Social... Todos eles continuam à espera de ver concretizar o desmentido categórico de Bagão Félix e Fernando Negrão: doentes e desempregados iriam receber os seus subsídios no dia 29 de Dezembro.

Hoje é dia 30. Nenhuma das pessoas com quem me cruzei recebeu coisa alguma. Continuam à espera, uma espera que se torna particularmente preocupante porque com o Ano Novo e o habitual período de férias que muitos funcionários públicos sempre decidem gozar nesta época, não é de prever que se retomem os processamentos de subsídios antes de dia 3 de Janeiro (Segunda-feira). Na melhor das hipóteses quem está doente ou desempregado só volta a ter dinheiro lá para o meio da primeira semana de 2005!!... E até lá? Até lá, alegramo-nos todos: mesmo que o prato esteja vazio no Réveillon, quando soarem as 12 badaladas pensamos no sonho de Bagão Félix, na meta dos 3% para o défice, e pulamos da cadeira felizes com o nosso magro contributo para evitar o puxão de orelhas de Bruxelas.



O Culto do Fumo

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Cigar Art
Foto de izenman.

Apesar de 2004 ser um ano marcado pelo anúncio de medidas anti- tabágicas, a Havaneza não se ressentiu no negócio. Os produtos ligados ao Culto do Fumo encontram-se na lista dos presentes mais oferecidos pelos portugueses neste Natal.
Na famosa casa de tabaco Havaneza, as edições limitadas de charutos, copos, cachimbos ou canetas esgotaram em poucos dias. As caixas para guardar charutos - que custam entre 50 a 60 euros - foram dos presentes mais vendidos, numa loja em que este produto pode custar 2.500 euros.
Contam os empregados de balcão que quem procurou charutos ou caixas de cigarros e cigarrilhas para oferecer não resistiu à tentação de pedir para serem retirados das embalagens os avisos contra os malefícios do tabaco («Fumar Mata»), de modo a poupar a susceptibilidade do feliz contemplado com o presente.



Veneno de Caracol Marinho

As autoridades de saúde dos Estados Unidos autorizaram a venda de um analgésico cuja matéria-prima é a forma sintética de um veneno de caracol marinho.

Segundo Richard Racuk, responsável do Centro Médico da Universidade norte- americana Wake Forest, o novo medicamento actua bloqueando as células nervosas responsáveis por transmitir as sensações de dor, substituindo outras terapêuticas à base de ópio e morfina. Trata-se de uma substância potente que não pertencendo à categoria dos narcóticos evita a sensação de sonolência.
O veneno de caracol marinho pode ser aplicado para o tratamento de dores graves e crónicas ligadas ao cancro, à SIDA ou a doenças do sistema nervoso.


Com... 'Ajudas de Custo'

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Foto de BoxcarBertha.


Amanheceu o quarto dia depois da tragédia na Ásia. Os telejornais da manhã continuam a trazer até às nossas casas imagens tétricas e cenários de horror. Sucedem-se os relatos pungentes dos sobreviventes. Os jornais e as rádios dão voz aos apelos desesperados dos portugueses que continuam mergulhados num pesadelo difícil de imaginar. O ministério dos Negócios Estrangeiros anúncia oficialmente que João Lima de Pimentel, o embaixador de Portugal em Banguecoque, regressará hoje à Tailândia. O embaixador veio passar o Natal com a família e foi surpreendido em Portugal, longe da embaixada. O Tsunami aconteceu no dia 26 de Dezembro. Desde o primeiro minuto que se sabe que existem portugueses na região sinistrada. Entretanto, passaram quatro dias e se é compreensível que o embaixador tenha direito a um Natal em família, é completamente injustificável que, após a dimensão da tragédia, quase seja preciso empurrá-lo de regresso ao seu posto. Lamentavelmente, nem sempre a representação diplomática de um país se faz em bailes, jantares de gala e beberetes. E é para isso que todos os cidadãos contribuem generosamente com os seus impostos para pagar o vencimento daqueles que desempenham essa função. Ocasiões como estas deveriam reverter a opinião do senso comum e demonstrar o quão bem empregue é o salário pago à diplomacia pelo serviço prestado à nação. Infelizmente, não foi esse o sentimento que se reforçou nos portugueses. Bem pelo contrário. Sabe-se que na Ásia, e em particular na Tailândia, existe gente desaparecida, gente ferida, gente apavorada que perdeu tudo, até mesmo o passaporte. Existe gente que implora voltar para casa, deixar para trás toda a morte e devastação que continua a boiar nas ruas, gente à deriva num país desorientado com as suas próprias tragédias, gente que corre agora risco de contágios e epidemias várias, que não consegue fazer-se entender na sua própria língua, que se sente perdida e desamparada. Sim, estava em tempo do embaixador voltar. É uma pena ir quase obrigado, tão contrariado que por momentos todos suspeitámos que seria necessário levá-lo à força para dentro do avião. Porque já vai tarde, o embaixador. Muito tarde.



A Terra Tremeu de Novo

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Foto de Q. Sue.



A terra voltou a abalar a Turquia, a Birmânia, e as ilhas Andaman e Nicobar, no arquipélago indiano, numa magnitude entre 4,6 e 5,6 na escala aberta de Richter, segundo o Observatório de Kandilli, sedeado em Istambul, segunda maior cidade da Turquia.
Foi um tremor moderado, com epicentro em Cubuk, localidade próxima de Ancara, que lançou o pânico entre a população, mesmo não tendo provocado vítimas ou danos materiais, mas que mostra que a terra ainda não encontrou o equilíbrio do sossego.


quarta-feira, dezembro 29, 2004

Trapalhadas e Trapalhões

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Vazio de Poder
Foto de Caroline

O país assistiu indignado às queixas dos portugueses que se encontram na Ásia à comunicação social. Todos falam de uma embaixada fechada, de uma linha telefónica que ninguém atende, de entidades governamentais que até agora ninguém viu.
Hoje o Primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, foi a São Bento apresentar as medidas do Governo para prevenir e combater os incêndios florestais, durante o próximo ano. Os jornalistas aproveitaram para o questionar a respeito do telefone da embaixada portuguesa em Banguecoque que nunca ninguém atende. Ao que parece, Santana Lopes também já tinha ouvido dizer que sim: «Li que a horas em que a embaixada deveria estar aberta esteve fechada. Se assim tiver acontecido, é grave e agiremos em conformidade». Perguntaram depois os jornalistas se o regresso do embaixador português a Banguecoque não deveria ter acontecido mais cedo. O Primeiro-ministro desvalorizou a demora da partida, considerou «adequada» a actuação do Ministério dos Negócios Estrangeiros e manifestou «apoio total» ao embaixador de Portugal em Banguecoque.

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Foto de Appliance.

Disse o Sr. Lopes: «Nas primeiras informações que nos chegaram, nada fazia prever números destes.»
Pergunta: A partir de que números começou o Governo a ficar impressionado com a catástrofe? Quando se chegou ao 10 mil mortos? aos 20 mil? aos 25 mil? Quando se estimou que fossem mais de 40 mil? Quando se ultrapassou a barreira dos 50 mil? Quando se começaram a aproximar perigosamente dos 80 mil??

Disse o Sr. Lopes: «No domingo e na segunda-feira, apenas se falava em três portugueses desaparecidos.»
Pergunta: E se fosse um só? Seria menos "português" por ser um caso isolado?


Disse o Sr. Lopes: «mal a dimensão dos números se alterou» o Governo agiu.
Pergunta: devemos pois passar a rezar para não estarmos sós na desgraça, de modo a que o nosso Governo se digne decidir que se justifica vir em nosso auxílio?

Disse o Sr. Lopes: " É natural que o embaixador estivesse fora do seu posto na altura do Natal e Ano Novo".
Pergunta: E é natural que a embaixada encerre a cada vez que o embaixador se ausenta em viagem?

Disse o Sr. Lopes: "Os canais de televisão também chegaram 24 ou 36 horas depois."
Pergunta: Devemos, pois, inferir que não existe qualquer diferença entre um correspondente ou uma delegação de televisão, uma embaixada e um embaixador?

Disse o Sr. Lopes que «o Governo deu uma orientação expressa no sentido do regresso do embaixador».
Pergunta: E parece-lhe normal que Portugal tenha um diplomata que precise de orientação para o óbvio?

Disse o Sr. Lopes: ir verificar se houve «alguma falha de funcionamento porque na embaixada em Banguecoque encontrava-se um funcionário diplomático».
Pergunta: qual funcionário? O tal que só 48h depois telefonou às vítimas? Aquele que combinou encontrar-se com elas às 15h do dia seguinte e não apareceu? O mesmo que quando enfim chegou ao hospital trocou três palavras com os sobreviventes e desapareceu sem ninguém dar por isso?

Disse o Sr. Lopes - parafraseando Marquês de Pombal - «Agora, o tempo é de enterrar os mortos e cuidar dos vivos».
Pergunta: Cuidar de quem???? Assim??? Da forma que todos temos assistido este Governo cuidar?... Felizmente que, para Portugal, quando o terramoto atingiu Lisboa, o Primeiro-ministro era o Marquês de Pombal e não o Sr. Lopes!!...



Deplorável Imbecil

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Dulce Ferreira entrevistada pela SIC Notícias.


É verdade que esta fotografia destoa. Destoa neste blog como destoaria em qualquer «Meridiano&Paralelo». É verdade que peca pela ausência de qualidade. É verdade que chega a ser chocante. Ainda assim, se chocasse apenas pela pouca estética não seria de grande gravidade. Mas ela choca acima de tudo pela escassa ética e grita por publicação justamente por ser obscena e feia.
É uma fotografia de uma turista. Esta "turista" chama-se Dulce Ferreira e é portuguesa. Estava no aeroporto de Lisboa, prestes a embarcar para a Tailândia. A SIC Notícias entrevistou-a e a displiscência com que levianamente encarou as perguntas e respondeu à jornalista chocaram Portugal de Norte a Sul. Ouvimo-la dizer em directo, poucos dias após a tragédia do terramoto, que pretendia manter as suas férias, justificando que «Já estavam marcadas». Ouvimo-la responder que «sim» que estava a par do que tinha sucedido no país, mas que não tinha ficado nada preocupada porque os pais - que aliás continuam por lá - lhe tinham enviado uma mensagem a dizer «que tinha havido uns tsunamis e umas coisas», mas que estavam bem.
Quando a jornalista lhe perguntou se estava triste com toda a situação, Dulce Ferreira partilha com todos nós esta reflexão inqualificável: «Sim, claro, agora já não vou ter todas as condições de férias que iria ter se por acaso não tivesse acontecido nada disto.» E como se não bastasse ainda nos deixa este iluminado desabafo: «Por outro lado, estou contente porque vejo as coisas mais ao natural, como elas são

... E prestes a entrar em 2005, ficamos nós a perguntar: como é que ainda há gente com este nível de orgulhosa e optimista mediocridade??







Ás Pressas

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Foto de Piermario.

Desta vez, leio na edição de hoje do Diário Económico que o ministério da Segurança Social garantiu que afinal vai processar, ao longo do dia, o pagamento do subsídio de desemprego e saúde.

Referindo-se a "diversas fontes da segurança social, que pediram anonimato", o Diário Económico diz que o "Ministério ordenou o imediato processamento daquelas prestações, por forma a travar os efeitos políticos decorrentes da notícia ontem publicada".
Creio que está, pois, explicada a conferência de imprensa do PSD - onde o partido se apressava a sugerir intenções políticas por detrás da publicação desta notícia - ainda antes da divulgação da nota oficial do próprio ministério.





terça-feira, dezembro 28, 2004

Ufff!... Que Alívio!!...

MFSS_28_12_04


O Governo diz que este documento não é este documento, ou por outra, é de facto este documento, mas o que se lê neste documento não corresponde exactamente ao que está escrito no documento, ou melhor, o que está escrito aqui não quer dizer que seja isto que o documento diz, ou que o Governo quis que ficasse dito neste documento... E, aliás, quem foi que disse que o documento afinal é do Governo? Não é sabido que o Governo tem vários organismos, e departamentos, e direcções, e repartições, e divisões? Não é sabido que este Governo descentraliza? E então? Desde quando a parte vale pelo todo? E que culpa tem o Governo do que se faz, diz ou escreve, em cada haste que os tentáculos do aparelho governamental tem distribuídos pela periferia?

E NÃO, claro que NÃO - o documento "NÃO É" do Governo: «(...) trata-se tão só de uma nota de natureza interna emitida por um director de unidade de um centro distrital (uma entre as várias unidades existentes em cada centro distrital), nota essa dirigida ao Director do mesmo Centro.»

E desde quando o dirigente, e o director dele, e a unidade de que fazem parte, e o centro distrital da Segurança Social de ambos, pertencem ao Governo??!

... Perceberam??!



http://missing.antalys.net

Pessoas


O hospital de Phuket, na Tailândia, pôs à disposição na Internet um serviço de identificação de desaparecidos. Através do site http://missing.antalys.net/ é possível procurar familiares, amigos ou conhecidos que possam estar ali internados.
Além da lista com centenas de nomes de pacientes, oriundos de dezenas de países, o site na Internet do hospital de Phuket ajuda ainda quem procura desaparecidos à distância. Para isso, deve escrever-se o nome da pessoa que se pretende encontrar e deixar um contacto telefónico ou electrónico.



Vergonhosas e Magras Filhóz!!

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Foto de Roq.

Leio na edição desta manhã do Diário Económico que o ministério da Segurança Social ordenou o adiamento para Janeiro do pagamento dos subsídios de doença e de desemprego. Isto significa que - em pleno mês de Natal e a braços com uma crise financeira com que até o próprio Estado se descabela e chora todos os dias - os trabalhadores com baixas médicas e os desempregados, que deveriam receber nos dias 27 e 29 de Dezembro, vão ter que esperar até Janeiro.

O jornal refere que teve acesso a um ofício de alteração do calendário de pagamentos de subsídio, onde o ministério pedia aos Centros Distritais de Segurança Social para retardar o processamento dos subsídios. No mesmo documento, o ministério solicitou também que fosse atrasado o pagamento aos beneficiários que deveriam ter recebido as prestações por doença e desemprego a 16 e 20 de Dezembro, respectivamente.

Gorada a estratégia de alienação de património do Estado sem hasta pública, depois do chumbo de Bruxelas à famosa intenção de venda de 65 imóveis, este Senhor pôs-se a pensar de aflitos, pressionado com a vertigem dos dias, com o défice para conter até aos 3% e 2005 quase a bater-lhe à porta. Vai daí lembrou-se que todos os meses o Estado paga, em média, 40 milhões de euros, em subsídios de doença e 125 milhões de euros em subsídios de desemprego. E como grão grão enche a galinha o papo, achou que eram uns "pózinhos" que davam muito mais jeito serem contabilizados nos cofres do Estado do que no bolso dos contribuintes, no Dia de Ano Novo.

De acordo com o Diário Económico, o "Estado, ao transferir algumas despesas para o próximo ano, alivia a execução orçamental de 2004, uma vez que, no subsector da Segurança Social, a contabilização das despesas se faz numa óptica de caixa".



segunda-feira, dezembro 27, 2004

Incomunicáveis e Inutéis

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Foto de Tornas.

Portugal é o país europeu com a mais antiga representação diplomática instalada na zona devastada pelo tsunami que ontem assolou a Ásia. No local, encontram-se ainda os mais de duzentos e trinta portugueses apanhados pela catástrofe. Estes cidadãos continuam a tentar buscar auxílio junto de uma embaixada que, em lugar de uma humana voz de reconforto e apoio, os "atende" com uma ininterrupta gravação de voicemail. À medida que as horas passam, a angústia aumenta, e do Governo e da embaixada portuguesa nem sinal, estas pessoas vão desabafando diante dos jornalistas a sua indignação e abandono, numa espécie de derradeiro e descrente pedido pelo socorro que tarda em chegar. Para todos nós que assistimos de longe fica um sentimento misto de impotência, vergonha e embaraço. Vale-nos a todos que os restantes países europeus com turistas no local tenham tido uma destreza bem diferente da nossa. Vale-nos a todos que Espanha e França tenham dado instruções precisas às suas tripulações para trazer de volta «os nossos amigos e vizinhos portugueses», como ontem escutamos o piloto espanhol dizer às televisões. Enquanto isso, em Portugal, o Sr. Lopes - não se percebe se como Primeiro-ministro ainda em funções, ou se como candidato às eleições do mês que vem - entretem-se com mais um capítulo póstumo da novela que o opõe ao Presidente da República, escrevendo longas cartas aos militantes do partido. Enquanto isso o Sr. Lopes, distraído das verdadeiras vítimas, ensaia mais um acto pungente de vitimização eleitoralista. E enquanto isso, também, os portugueses sobreviventes arregaçam as mangas, esquecem o trauma das últimas horas e desdobram-se sozinhos no socorro uns dos outros, entre morgues improvisadas e corredores de hospitais lotados. Vale-lhes que as agências de viagens que os transportaram não se tenham eximido de quaisquer outra responsabilidade, como fez o Estado de que são cidadãos. Vale-lhes que as delegações humanitárias, que todos os outros países se apressaram a fazer chegar ao local, os considerem suficientemente humanos para receber a assistência que Portugal continua a não considerar prioritário garantir-lhes.



http://redcross.org/donate

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Os donativos podem ser feitos on line, via email ou por telefone. Visite o site e informe-se. Existem formas de ajudar que muito provavelmente nunca lhe passou pela cabeça equacionar, como a doação de milhas aéreas ganhas em promoções ou acumuladas por horas de vôo, ou através da transferência de títulos de bolsa. A tradicional ajuda em géneros e trabalho de voluntariado continua a ser bem vinda. A Cruz Vermelha agradece.



domingo, dezembro 26, 2004

Localização de Portugueses na Ásia

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Foto de shadowbox.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros pede aos familiares e amigos dos portugueses qe se encontram na zona atingida pelo maremoto que entrem em contacto urgente para os seguintes números de emergência dedicados à catástrofe asiática:
21-3946907
21-3946908
21-3946912.


quarta-feira, dezembro 22, 2004

Blue Note

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Foto de Hanni.


Em 1985, a lendária editora de jazz Blue Note relançou-se no mercado e para assinalar o regresso realizou um magistral concerto no Town Hall, em New York. Numa mesma noite Art Blakey, Ron Carter, Herbie Hancock, Jack De Johnette, Freddie Hubbard, Cecil Taylor, Stanley Turrentine, McCoy Tyner e outros mais.

Para ver hoje, depois da meia-noite, na RTP2: «One Night with Blue Note».



terça-feira, dezembro 21, 2004

Araquém


Pescador de Rede
Foto de Araquém

A editora Terrabrasil lançou, no último dia 8 na Fnac de São Paulo, o livro «Brasileiros», do fotógrafo Araquém Alcântara, que reúne 139 imagens a preto e branco, captadas ao longo de 30 anos de carreira e andanças pelo país. O livro é um verdadeiro painel da diversidade brasileira - fotos de gente simples, anónima, ao lado de personagens marcantes, como o poeta Patativa do Assaré. Conhecido internacionalmente como fotógrafo da natureza, Araquém, um catarinense nascido em Florianópolis (1951), colaborou e publicou vários trabalhos na “Veja”, no “O Estado de São Paulo” e no “Jornal da Tarde”.

Trinta destas imagens permanecem em exposição na Fnac Paulista até o próximo dia 8 de janeiro.



Arquivos

- Arquivo Fotográfico -



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